Reiki é mais do que a componente terapêutico. É também uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e uma filosofia de vida. Nesse sentido, podemos falar numa perspectiva de autoconhecimento, de realização interior e de desenvolvimento da consciência.


domingo, 5 de janeiro de 2014

A cura está no doente, diz médico…

Paulo de Tarso Lima, do Hospital Albert Einstein: Energia e religião no caminho da cura



Não é habitual ouvir um médico respeitável, de uma instituição de saúde modelar, falar sobre o papel da energia do corpo humano e da religião no caminho para a cura. É justamente o caso do cirurgião Paulo de Tarso Lima, coordenador do Departamento de Medicina Integrativa e Complementar do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. A medicina integrativa é uma prática em ascensão. Surgida nos Estados Unidos na década de 1970, une a medicina tradicional oriental, com sua abordagem holísitica, e a ocidental, apoiada na produção científica e na tecnologia. A reunião tem revolucionado a busca pela cura de doenças como o câncer. “A ideia não é excluir nada, mas juntar tudo e mostrar que a pessoa é detentora da capacidade de cura da própria doença”, afirma Lima, que estudou a medicina interativa na Universidade do Arizona (EUA) e cursa o primeiro ano da Barbara Brenner School of Healing, na Flórida, onde a cura é perseguida a partir do estudo da energia humana. O médico é também autor do livro Medicina Integrativa – A Cura pelo Equilíbrio (MG Editores, 139 págs., 32,20 reais). Na entrevista a seguir, ele explica os fundamentos da medicina integrativa e aposta que a prática vai se espraiar por aqui por razões econômicas – por ora, apenas alguns hospitais e somente cinco universidades brasileiros se dedicam ao assunto.


Afinal, o que é medicina integrativa?


É um movimento que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e que começou a ser organizado com mais rigor na década de 1980, quando entrou para as faculdades de medicina. Hoje, existem 44 universidades americanas ligadas à pratica, que traz uma visão mais holística da pessoa no seu todo: corpo, mente e espírito. O que buscamos é oferecer uma assistência com informação e terapias que vão além da medicina convencional para ajudá-la a se conectar com a promoção de saúde. Eu não tenho a menor dúvida de que a medicina convencional é extremamente efetiva em se tratando de doença, mas saúde não é apenas ausência de doença.


Que terapias são essas?
Sistemas tradicionais como a medicina chinesa e indiana nos oferecem uma gama de alternativas, como acupuntura, reiki, yoga, entre outras, que trabalham a energia do nosso corpo, estimulando uma reação aos sintomas das doenças. A ideia desse movimento não é excluir nada, mas juntar tudo e mostrar que a pessoa é detentora da capacidade de cura da própria doença. Isso é uma mudança de paradigma, porque a possibilidade de voltar ao estado saudável não é algo dado à pessoa, mas é algo inato a ela.


Qual a explicação para só agora a medicina integrativa despertar interesse de médicos convencionais?
Há duas razões: a demanda dos pacientes e a produção acadêmica, que cresce a uma velocidade muito alta. Se entendemos como as coisas funcionam, sabemos que é seguro.


Qual a situação da prática no Brasil?


Estamos em uma situação de dualidade. Os alinhados à prática muitas vezes não usam a medicina convencional de maneira integrada, e os convencionais não usam a medicina integrativa. Temos no Brasil um movimento diferente dos Estados Unidos, menos acadêmico, mas que vem crescendo graças a uma portaria de 2006 que autorizou procedimentos de acupuntura, homeopatia, uso de plantas medicinais e fitoterapias no Sistema Único de Saúde (SUS).


E por que a resistência dos médicos convencionais?
Eu não entendo. Estamos falando de energia e não precisamos ir muito longe para provar que energia corporal existe. A partir do momento que temos uma mitocôndria que produz energia dentro de cada célula, e isso é ensinado no primeiro ano de medicina, não há o que discutir. Temos energia no corpo, e pronto. O curioso é que muitos exames hospitalares rotineiros são baseados em mensuração do campo energético do corpo, como a ressonância magnética, o eletroencefalograma e outros mais sofisticados. Mas se você falar para um neurologista sobre a manipulação da energia do corpo, ele pira.


Por quê?
Porque entramos em um outro ponto da discussão sobre a energia humana, que é a interface com a religião. Estamos vivendo em uma nova fronteira em que se tenta entender essa energia, como ela é produzida, como pode ser manipulada e conduzida. E isso tem um impacto importante na questão da espiritualidade. Por isso, se algum paciente meu acha conforto na religião, se ele se sente bem assim, eu o estimulo a praticá-la.


E como se medem os resultados da medicina integrativa?
Começamos a medir os resultados pelas questões econômicas. A Prefeitura de Campinas, em São Paulo, registrou uma redução substancial de uso de analgésico dentro do SUS ao oferecer terapias ligadas à medicina chinesa focadas na questão ósseo-muscular. Além disso, tem uma série de trabalhos acadêmicos ligados à genética provando que a qualidade de vida produz efeitos na expressão genética da doença. E uma nova fase de trabalho investiga se uma gestante, cujo feto apresenta uma expressão genética de determinada doença, pode ajudar seu bebê se tiver uma gestação muito cuidadosa.


Como isso seria possível?
O homem carrega no seu código genético informações de doenças que podem ser a causa de sua morte. Isso já é provado. Só que você pode ter a característica genética da doença e não desenvolvê-la, ou tê-la precocemente. Isso vai depender da qualidade da sua vida. Comer bem, respirar melhor, praticar atividades físicas, lúdicas e contemplativas são fatores muito importantes ligados à qualidade de vida e que vão provocar um impacto no nosso bem-estar e, consequentemente, na resposta do corpo às doenças já estabelecidas e àquelas que estão programadas para acontecer. O Prêmio Nobel do ano passado de Medicina (dividido entre os pesquisadores Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider e Jack W. Szostak) mostra que, se há uma importante mudança nutricional e de práticas contemplativas, há uma diminuição da expressão de câncer de próstata em determinados grupos de homens.


As pessoas, em geral, estão mais abertas para as práticas alternativas?
No Brasil, entre 45% e 80% dos pacientes diagnosticadas com câncer utilizam algum tipo terapia “alternativa” em conjunto com o tratamento. Nos Estados Unidos, 13% das crianças e 55% dos adultos saudáveis utilizam tais práticas.


O senhor acredita que essa corrente ganhará espaço no futuro?
Acredito. Não por razões humanitárias, mas por uma questão econômica. Afinal, a forma como a medicina é praticada atualmente implica altos custos. Não posso prever, porém, quanto tempo isso vai demorar, porque o convencimento dos profissionais a respeito do assunto exigirá um longo trabalho.


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

As pessoas não gostam UMBANDA, mas no REVÉILLON usam BRANCO e pulam 7 ONDAS



REVÉILLON uso BRANCO e pulo7 ONDAS, isso é UMBANDA!

No período de final de ano sempre sou questionado sobre o ritual de pular sete ondas para aqueles que vão estourar champanhe à beira mar na passagem do ano.

Parece que é uma resposta simples, do tipo: “- Porque sim” como sugeriu uma propaganda de TV de um Banco. É certo que milhares de pessoas fazem este ritual simplesmente porque muitos fazem, sem se preocupar com o significado, virou uma espécie de simpatia, superstição ou brincadeira no meio de uma farra festiva.

Bem, mas para entender o ritual de pular sete ondas é preciso compreender outras questões importantes.

É comum em todas culturas de todo tempo o ritual de passagem de uma estação a outra, de idade, tantos outros motivos, não seria diferente com a passagem de ano.

Cada cultura tem um calendário próprio, no Ocidente seguimos o calendário Gregoriano, instituído pela Igreja Católica em 1582.

O próprio termo Revéillon vem do francês reveiller que significa “refeição noturna”. Esta festividade sempre foi uma tradição européia, trazido para os demais países do Ocidente.

Já o uso da roupa branca na ocasião do revéillon é genuínamente Umbandista, é da Umbanda o hábito de vestir o branco em seus rituais e como nesta ocasião milhares de Umbandistas faziam suas homenagens à Mãe Yemanjá, ficando muito popular e muito divulgado pela mídia nas décadas de 80 e 90, por fim caiu na graça popular, entendendo que vestir o branco nesta data, traz boas vibrações.

E é em busca de boas vibrações e limpeza energética que muitas outras culturas religiosas fazem nesta data defumações, orações especiais e rituais diversos.

Por fim, pular sete ondas também é uma prática Umbandista, embora sem consenso unânime já que não é possível saber quando e onde exatamente começou o ritual, sendo replicado pela coletividade, cada terreiro é livre para dar seu significado e explicação, entende-se em linhas gerais que é um ritual de purificação, outros explicam que é a confirmação em sete vezes da devoção à Rainha do Mar e uma versão que acho bem simpático e de maior coerência é de que cada onda representa um Orixá, que é saudado e solicitado força para o novo ano, já que a grande maioria dos terreiros culturam as Sete Linhas como sete Orixás. Já na Umbanda Sagrada, seria cada onda uma saudação para cada Trono Divino.

Independente do olhar pessoal deste rito, lembre-se que você está nos braços de Mãe Yemanjá, então que a cada onda pulada, reforce para si seu respeito, devoção e relacionamento com esta Divina Mãe.

Deixo uma sugestão de prece, pensamento nesta hora de Rito Sagrado:

Mantenha seu pensamento sutilizado e concentrado nos Divinos Orixás na presença de Mãe Yemanjá

1­ª Onda – Pai Oxalá, eu te saúdo e agradeço pela imantação de Fé que mantém minha espiritualidade e religiosidade ativa nesta encarnação;

2ª Onda – Mãe Oxum, eu te saúdo e agradeço por sentir amor em meu coração, pela família e pelos amigos;

3ª Onda – Pai Oxóssi, eu te saúdo e reverencio vossa luz expansora em minha consciência que não aceita limitações e me mantém ativo na caça constante do meu crescimento intelectual, racional e consciencial;

4ª Onda – Pai Xangô, eu te saúdo e me curvo à vossa luz de Justiça e equilíbrio em meus atos;

5ª Onda – Pai Ogum, eu te saúdo e evoco a retidão que mantém minha caminhada ordenada na direção correta;

6ª Onda – Pai Obaluayê, eu te saúdo, silencio e agradeço pela saúde do meu corpo;

7ª Onda – Mãe Yemanjá, Divina Rainha, eu te saúdo, reverencio e agradeço pela vida.

Que você tenha uma ótima festa ritual!

Que no novo ano, você seja e faça melhor.

NAMASTÊ