Reiki é mais do que a componente terapêutico. É também uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e uma filosofia de vida. Nesse sentido, podemos falar numa perspectiva de autoconhecimento, de realização interior e de desenvolvimento da consciência.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Ciência investiga a cura espiritual
Por MARIANA LAGE
Nos últimos anos, as pesquisas científicas que abordam a cura através da espiritualidade têm crescido exponencialmente. Nos Estados Unidos, o número de universidades que incluíam a espiritualidade em seus currículos acadêmicos era de cinco, em 1993. Sete anos depois, subiu para 65 instituições. Em 2004, 84 escolas médicas ofereciam disciplinas optativas ou obrigatórias.
No Brasil, o movimento das pesquisas em torno de saúde e espiritualidade teve grande participação da Associação Nacional de Médicos Espíritas (AME-Brasil), como é o caso de São Paulo e Minas Gerais.
As primeiras escolas a introduzir o tema como curso de extensão ou disciplina obrigatória foram a Universidade Santa Cecília (Santos-SP), em 2002, e a Universidade Federal do Ceará, em 2004. No ano seguinte, a escola de Medicina da UFMG criou uma disciplina optativa e o Núcleo de Estudos em Saúde, Ciência e Espiritualidade (Nasce).
O homeopata Andrei Moreira, presidente da AME-MG, explica que o médico espírita trabalha com uma abordagem mais integralista da saúde do paciente, tratando-o para além apenas do corpo material. "A gente valoriza a saúde, tanto do ponto de vista científico quanto da filosofia da doutrina espírita", expõe.
Ele destaca que as cirurgias espirituais com corte não são reconhecidas como fenômeno legítimo pela medicina tradicional. "A Associação Médico-Espírita não aprova as cirurgias com corte, pois em princípio, as cirurgias espirituais são feitas no perispírito com repercussão no corpo físico. Por isso, não têm necessidade de instrumento cirúrgico", pontua.
No núcleo de estudos, os professores Mauro Ivan Salgado e Gilson Freire vêm conduzindo pesquisas de campo e bibliográficas que ajudam a promover uma renovação da abordagem medicinal. "Por enquanto, ainda não existem conclusões do ponto de vista científico, mas pessoalmente acredito, sim, que seja possível uma intervenção do plano espiritual, como podemos verificar em inúmeros casos bem-sucedidos de pacientes que procuraram ajuda espiritual", comenta Gilson.
Menos remédio
Em São Paulo, o psiquiatra Sérgio Felipe de Oliveira, presidente da AME-SP, foi um dos responsáveis pela obrigatoriedade da disciplina no curso de medicina da USP. Na internet são abundantes as referências a pesquisas e entrevista do médico a respeito do assunto. Nelas, ele enfatiza as inúmeras evidências que faz com que a ciência se interesse pelo assunto. "Na minha clínica, observo que quem recebe atendimento médico e espiritual toma menos remédios e adere melhor ao tratamento em relação aos que só passam pela consulta", afirma.
A mudança de mentalidade foi fomentada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando, em 1998, ela propôs a emenda de sua Constituição que modificasse o conceito de saúde. Além de "bem-estar físico, mental e social" e "ausência de doença e enfermidades", a saúde deveria estar associada a "estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social".
Grandes nomes que abordam cientificamente a cura espiritual são, por exemplo, os prêmios Nobel Charles Richet e Alexander Aksakov, além dos médicos Christina Puchalski, fundadora do Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde, e Harold Koenig, diretor do Centro para o Estudo da Religião/Espiritualidade e Saúde da Universidade de Duke (EUA).
Fui assistente do plano espiritual
Por: Ana Elizabeth Diniz
"Bisturis, chumaços de algodão embebidos em éter, linhas, agulhas, suturas. Nenhum sangue, nenhuma dor. Algumas tonturas vez por outra. Esse é o kit básico de um curador espiritual. Cada qual, dependendo dos espíritos com os quais trabalha, tem seu método. A tônica é o amor incondicional, o servir pelo bem comum. Por outro lado, quem procura por esse tipo de atendimento já esgotou todas as tentativas de melhora ou cura através da medicina tradicional e confia (ou passa a acreditar) que existe algo, uma força maior e invisível capaz de orientar cidadãos comuns, sem qualquer conhecimento médico, em cirurgias por vezes complexas.
O médium de cura lida com os desenganados pela medicina. É esse limiar tênue entre vida e morte que permeia as sessões de cirurgia espiritual. Como jornalista especializada na temática Esotérica não apenas vi, mas vivenciei algumas situações marcantes e inesquecíveis como assistente dos médiuns Zezinho, taxista do interior de São Paulo, que cuidava de pessoas com leucemia, câncer e Aids, e do doutor Fritz que atuava através de Aran e atendia casos de toda natureza.
Zezinho não usava bisturis, apenas os dedos, éter, fazia inúmeros transplantes de medula. Tudo no plano astral. Aran, ao contrário, cortava com bisturi, fazia suturas e não se via sangue. Nenhum. As pessoas relatavam que não sentiam dor. Muitos melhoraram, outros se diziam curados e passaram a integrar as equipes dos médiuns e outros morreram. É preciso entender que o médium de cura não tem o poder de livrar ninguém da morte. Esse papel ainda pertence a Deus. Mas acredito que, quando há merecimento, o doente pode ganhar sobrevida a fim de aprender lições pendentes ou para que seu espírito seja preparado para o desencarne. Tudo, seja na vida ou na morte, é aprendizado."
*Jornalista, editora da página "Esotérico", publicada no jornal O TEMPO, e terapeuta holística
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