Reiki é mais do que a componente terapêutico. É também uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e uma filosofia de vida. Nesse sentido, podemos falar numa perspectiva de autoconhecimento, de realização interior e de desenvolvimento da consciência.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

INTUIÇÃO E INCORPORAÇÃO


INTUIÇÃO E INCORPORAÇÃO

                                     
                                             
PERGUNTA: — Poderíamos considerar o médium intuitivo como um tipo exatamente oposto ao de incorporação?  Ambos não representam os dois tipos clássicos de médium "consciente" e de médium inconsciente, situados, portanto, em extremos completamente opostos?
RAMATÍS: — A escala da faculdade mediúnica é muito extensa e variada. O médium, que é também um indivíduo senhor de vasta ou reduzida bagagem psíquica milenária, está sempre presente animicamente e com o seu acervo pessoal na comunicação mediúnica dos desencarnados. É dificílimo  pois, encontrar dois médiuns cuja moral, temperamento  cultura ou poder mental coincidam rigorosamente entre si e, por isso, produzam comunicações perfeitamente semelhantes. Mesmo quando se trata de médium de incorporação completa, e inconsciente, a sua bagagem psíquica e a contextura de sua individualidade espiritual sempre influem nas comunicações mediúnicas, impondo certa peculiaridade pessoal do mesmo. Só em caso de morte física é que o espírito se desliga completamente do corpo carnal, que passa a ser o "cadáver" absoluto, o corpo sem vida e sem qualquer possibilidade de influir exteriormente.

O perispírito do médium, que é a matriz ou o molde original do corpo físico emprestado ao espírito desencarnado manifestante, embora conserve-se a longa distância, assim mesmo influi, de onde se encontra, deixando transparecer na comunicação suas características psíquicas já condicionadas no pretérito. O espírito comunicante utiliza-se do corpo do médium como se encontrasse a casa livre para habitar, tal como já  explicamos; mas o seu temperamento  cultura ou costumes só poderão se manifestar para o exterior através dos "móveis" do dono da casa ou seja das peculiaridades do médium ausente.
A faculdade intuitiva e a de incorporação não podem ser consideradas dois ladrões exclusivos de mediunidade opostas entre si, porque tanto o médium intuitivo como o de incorporação podem variar em sua manifestação mediúnica, revelando alguns matizes opostos e incomuns à sua própria faculdade habitual. O intuitivo, algumas vezes, pode comunicar em transe sonambúlico parcial, embora isso, não seja freqüente, e o médium incorporativo também é sujeito a interpolar na sua manifestação mediúnica algo da faculdade intuitiva. Durante o exercício mediúnico podem surgir fatores ou circunstâncias que favorecem no médium a predominância de certo matiz mediúnico diferente do que lhe é comum; assim como, devido ao seu progresso espiritual, ele também alcança novos ensejos de melhoramento psíquico na sua tarefa de comunicação com o mundo oculto.

Em geral, os médiuns intuitivos, às vezes, são incorporativos  enquanto outros nos quais predomina a faculdade incorporativa, acidentalmente também podem comunicar intuitivamente.
A diferença é que o médium intuitivo lembra-se de todos os pensamentos que lhe foram comunicados pelos desencarnados  enquanto o de incorporação é inconsciente, pois o seu perispírito afasta-se durante a manifestação mediúnica. No entanto, o próprio médium de incorporação — que durante as comunicações dos espíritos desencarnados é inconsciente daquilo que se torna intermediário — mais tarde recorda-se de algo das idéias que transitaram por si.
                                                                 

Do livro MEDIUNISMO.

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